terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Inquietude,

Que estremece o peito,
Que congela o tempo,
Que perturba a alma.
A engrenagem que parecia perfeita,
Agora falta um dente
E na minha boca faltam palavras
Que nem meus dedos ousam escrever
Mas que pulsam forte em meus pensamentos.
O objetivo ainda parece difícil de ser alcançado,
só que nessa corrida cheias de obstáculos 
o primeiro salto já foi dado.
Não sem dor.
Tudo dói.
A distância, 
As ausências,
A falta de paciência,
A falta de identificação
O sim e o não.
E eu resisto. 
Eu luto.
Eu não desisto.
Mas não sem dor.


quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Atendimento médico-hospitalar em Montréal


Desde a sexta-feira da semana passada eu sentia que algo não ia bem... mas eu não sabia o que. Na última terça-feira, eu cheguei do meu curso de inglês esgotada e me deitei as dez da noite. As onze acordei com uma dor terrível nas costas e abdomem do lado direito. Mal conseguia me mover! Não tinha posição confortável. Ainda relutei um pouco em ir ao hospital (acho que por medo de todas as histórias que já escutei aqui), mas quando a dor se tornou insuportável, cedi aos apelos do Heri e fomos ao hospital mais próximo de casa (temos um ha menos de 1km). 
Sempre ouvi falar muito mal do sistema de saúde daqui... Mas, até então, minha experiência se resumia em esperar 5 horas na clínica sem hora marcada (quem conhece o GOT, em Santo André, pode ter uma idéia do que é isso... rs) ou 4 meses para poder passar com um ginecologista. Nada urgente. Até a madrugada de quarta-feira.
Cheguei ao hospital à meia-noite. Havia umas 30 pessoas na sala esperando atendimento médico. Mas antes, passa-se pela triagem com a enfermeira e, para minha sorte, só havia 4 pessoas na minha frente. Meia noite e quinze a enfermeira me chamou e constatou o óbvio: eu não estava nada bem! Estou certa de que ela se convenceu disso principalmente quando eu avisei que ia vomitar.. hahahahaha. Foi o tempo de ela me dar um saquinho e eu vomitei pela primeira vez! 
Daí ela me encaminhou para uma sala, me passando na frente de todas as pessoas que estavam na sala de espera. O médico ia me ver alí. Mas enquanto eu esperava, a dor foi aumentando. Pedi para Heri me providenciar outro saquinho, porque eu ia vomitar outra vez. E assim foi! Quando o médico chegou, eu vomitava pela terceira vez e nem vi o rosto dele. Ele apertou minhas costas enquanto eu tava com o saquinho na boca (ahahahahahahaha, rio agora, imaginando a cena) e disse que achava que era pedra no rim. Chegou uma maca e me levou para enfermaria. 
Na enfermaria uma enfermeira (ou seria açougueira???) me deixou o braço direito e a mão direita todos roxos, de tantas picadas que me deu, sem encontrar nenhuma veia. Só não quis xingá-la porque a dor nas costas era muito maior do que a do braço ou da mão. Mas ela teve o bom senso de chamar outro enfermeiro, que acertou a veia na primeira tentativa e quase nem doeu! Esse enfermeiro das mãos de anjo me aplicou morfina e a dor foi embora. E junto com a dor, foi embora toda a sensibilidade do corpo. Que horrível!!!! Mas, bem, melhor isso do que a dor... Acordei as 2 da manhã, com uma secura incrível na boca (efeito da morfina) e o pensamento de como seria bom uma água de coco geladinha!!!
As 3 da manhã me levaram para fazer uns raios-x e as cinco vieram avisar que iam fazer uma tomografia pela manha para saber o tamanho da pedra. E, por isso eu não poderia tomar café da manhã. A sede já tinha passado mesmo, então não havia problema!!!
As 10h me levaram para fazer a tomografia e o diagnóstico veio duas horas e meia depois: uma pedra de 4mm no rim direito (na verdade, ela já saíu do rim, mas ainda não foi completamente expelida, e por isso eu tinha tantas dores) e outra de 3mm no rim esquerdo. Essa última está quietinha e espero que nunca queira sair dalí.
Me serviram o almoço e uma hora depois me deixaram ir embora, juntamente com o encaminhamento para um urologista, uma receita médica e um pedido de afastamento de 3 dias do trabalho.
Aí eu penso: eu teria sido atendida assim no Brasil? Se fosse num hospital particular, talvez eu teria sido atendida melhor. Eu disse TALVEZ. E o que dizer se tivesse sido num hospital público?? A gente vê cada absurdo nos jornais! Mas não vou emitir minha opinião aqui porque eu nunca precisei usar o atendimento da saúde pública no Brasil. Só posso dizer que me surpreendi com o atendimento aqui e fiquei muito contente em conhecer a estrutura do sistema de saúde do Québec (apesar dos pesares... rs).

domingo, 5 de agosto de 2012

O Doutorado

Queridos leitores,

Em 2007, após terminar meu mestrado, meu pai me encorajou a ingressar no doutorado. Incentivada por ele e já no ritmo da correria acadêmica, topei o desafio. E o que posso eu dizer, além de que fazer o doutorado foi a minha maior aventura? Hahahaha, rio, mas isso é sério! Se eu pudesse dar um conselho, não seria para usar o filtro solar, porque esse o Pedro Bial já deu... Hahahahaha. Eu diria para fazer um doutorado. É claro que o final é uma loucura: noites sem dormir, choros descontrolados e o corpo somatizando tudo o que pode. Mas, ainda assim, vale a pena.
Iniciei o doutorado em 2008. De lá para cá, a vida deu uma grande volta! Literal e metaforicamente falando.  Nesse ano, dei um basta na vidinha morna que levava e decidi que iria estudar Francês em Montréal e pleitear uma bolsa para estudar na França. Assim fiz. Isso, por si só, já seria super legal.
Mas a vida sempre surpreende a gente! E eis que, em Montréal, na escola de francês, conheci o Heri. E nos apaixonamos, namoramos, noivamos e casamos. Mas esta é outra história e todo mundo já conhece...
Então, por causa do doutorado, aprendi duas outras línguas (o francês, que era mesmo obrigatório, e o espanhol, que veio de lambuja) visitei 8 países (Canada, México, França, Espanha, Portugal, Alemanha, Bélgica, Luxemburgo... e viva a bolsa de estudos!!) e conheci o amor da minha vida.
Além disso tudo, produzi: participei de alguns congressos, escrevi um artigo e, por fim, a tese, que ficou pronta no último dia possível, mas ficou linda e eu muito me orgulho dela. Vê-la pronta valeu cada noite mal dormida, cada lágrima derramada, cada passeio que deixei de fazer para trabalhar nela.
Minha tese tem como título "O diálogo na Clínica de Linguagem: considerações sobre transferência e intersubjetividade". Tive quatro anos para escrevê-la, mas deixei para fazer isso nos últimos oito meses... rs.
Na realidade, depois que eu voltei da França, no final de 2010, resolvi mudar o tema da minha pesquisa. Somado a isso, o casamento, na metade de 2011, restringiu meu tempo de trabalho na tese. Mas ainda assim, ela saiu! Recebeu algumas críticas, o que já era de se esperar (afinal, um trabalho que deve ser feito em 4 anos, ser feito em 8 meses, convenhamos, não é a mesma coisa.... rs), mas também recebeu muitos elogios... elogios que me trazem um sorriso aos lábios, a cada vez que lembro.
Não vou dizer que este foi o melhor trabalho que já fiz (porque, modéstia a parte, a dissertação de mestrado também ficou ótima!) mas, sem dúvida, foi o que mais satisfação me deu, talvez pelo tamanho do desafio: ter como tema central um termo da clínica psicanalítica não é qualquer coisa!
O próximo passo: dar entrada na ordem dos fonoaudiólogos do Québec. O pós doutorado não está descartado (aliás, já estou pensando nele com muito carinho). Ficarei bem feliz de poder tapar os furos deixados na tese no meu próximo trabalho.
Agora sim, Doutora, fazendo jus ao título. Mas, enfatizo, a Evelin de sempre! =)

sábado, 18 de fevereiro de 2012

O pesadelo da "compra" do meu vestido de noiva

Saluuuuut, chers leitores!!! Comment ça va???? 


Hahahahaha, estou muito feliz, porque muitas coisas boas estão acontecendo ao mesmo tempo... Mas este será um post muito sério. Hoje eu vou escrever sobre o problema que tive com o meu vestido de noiva. É um post-desabafo e não acusatório, porque não vou citar nomes aqui... Não adianta nem perguntar, porque não digo... Mas, por favor, queridos leitores, a proprietária do "atelier" volta e meia lê o meu blog... então deixem aqui seus comentários, para que ela saiba o que todos pensam de pessoas como ela. Mas, atenção, os comentários são moderados... Portanto, nada de ofensas!
Vamos, então, ao que interessa.
Fui pedida em casamento no dia 24 de março de 2010. Mas eu estava vivendo na França e não tinha como ir atrás dos preparativos, já que o casamento religioso aconteceria no Brasil. Em novembro, ainda na França, comecei a contatar alguns fornecedores, avisando que chegaria em breve ao Brasil e gostaria de saber um pouco mais sobre seus serviços, preços, etc. E encontrei, numa grande comunidade de noivas, boas referências a esse "atelier". Entrei em contato com sua proprietária, a quem chamarei aqui de Fulana de Tal, e marcamos um horário no dia 26 de novembro de 2010. Quando eu estava na metade do caminho (o atelier dela fica ha 25 km. de distância da casa dos meus pais), ela me ligou, dizendo que ia chegar um pouquinho atrasada. Bem, esse "pouquinho" dela foram 50 minutos e eu estava indo embora quando ela chegou. Mas ela era uma vendedora sedutora, e eu acabei entrando no atelier, conversando com ela, vendo alguns vestidos... 
Não fechei negócio naquele dia porque não gostei dos vestidos que vi em seu atelier. Continuei a procura e, confesso, era desanimador, porque eu não gostava de nada. 
Mas eis que, em Santo André, encontrei uma loja que tinha o vestido perfeito. Mas havia dois problemas: ele não era branco (era off white e eu queria branco) e era muito caro. Expliquei, por email, para a Fulana de Tal, como queria o meu vestido e marcamos novo horário. Como eu estava de viagem marcada para o Canadá, perguntei a ela se poderíamos nos encontrar em janeiro para fecharmos o negócio. Ao que ela respondeu que dava sim pois, se eu fechasse o negócio naquele momento, em janeiro o vestido estaria quase pronto.
Viajei tranquilérrima, afinal de contas, esse email ela me mandou em 09 de dezembro. Se em dois meses ele estaria quase pronto, então não teria problema nenhum eu encomendar meu vestido no início de 2011. No dia 31 de janeiro entramos em contato por email e marcamos minha ida ao atelier para o dia 06 de fevereiro, ou seja, quatro meses e meio antes do casamento. Lá no atelier, a Sra. Fulana de Tal me mostrou uma foto do vestido que eu queria. Era exatamente o que eu havia descrito pra ela. Eu só não sabia que o vestido original era da loja Bela Noiva. Mas ela tinha a foto dele com ela e disse que era sim possível fazê-lo. Paguei metade do vestido no ato e a outra metade eu pagaria no dia da primeira prova, que ficou marcada no contrato que assinamos para o dia 06 de abril, ou seja, dois meses depois da compra. 
No dia 31 de março, eu já estava toda eufórica, já que a primeira prova do meu vestido seria dalí uma semana. Mas a Sra. Fulana de Tal não havia mais entrado em contato comigo confirmando. Então achei melhor perguntar, pra não correr o risco de ir até lá, 25km da minha casa, para nada. E a Fulana respondeu que a data da primeira prova era gerada automaticamente quando ela inseria a forma de pagamento e que, por conta do feriado chines o vestido atrasaria, mas que ele chegaria ainda em abril.
Hum... Algo cheirava a problema aí, para não dizer outra coisa... Mas era o meu vestido dos sonhos, e resolvi esperar, pacientemente... Afinal, ainda faltava pouco mais de dois meses e meio para o casamento. O problema é que a Dona Fulana não era esperta o suficiente para me tranquilizar... ela sumia!!! Então, no dia 14 de abril, eu resolvi deixar um recado no perfil dela, no orkut, dizendo que eu estava preocupada com a falta de notícias do meu vestido. Ao que ela respondeu para eu ficar tranquila porque o vestido chegaria até o final do mês.
Aí eu já deixei de botar fé, mas eu não queria outro vestido... Dos milhares de vestidos que eu havia provado, aquele modelo era o único que eu gostava. Resolvi continuar esperando, mas eu já estava ficando realmente preocupada. Além disso, a Fulana apagou o meu recado no orkut, o que já me deixou com a "pulga atrás da orelha"... 
O mes de abril passou e claro que a Fulana de Tal não entrou em contato comigo... Óbvio. Então, no dia 05 de maio, já extremamente preocupada, mandei um email para ela, dizendo da minha preocupação, do meu medo de não ter o vestido a tempo e perguntando até quando eu deveria esperar... Pedi que ela entrasse em contato com o fabricante e perguntasse a data em que o vestido chegaria, porque aí eu poderia pensar no que fazer, se esperar ou ir atrás de outro vestido. Ela me respondeu que o vestido chegaria na semana de seu casamento (sim, ela casaria um mês antes de mim!) e que ela deixaria meus contatos com sua sócia para que ela entrasse em contato comigo quando o vestido chegasse. 
Disse a ela que eu aguardaria, mas que queria um telefone da sócia dela para entrar em contato, já que eu não queria incomodá-la na semana de seu casamento. Dez dias depois, eu estava cada vez mais nervosa e resolvi escrever-lhe novamente, pedindo para que ela entrasse em contato com o fabricante e pedisse o número de rastreamento para que eu pudesse ficar tranquila. Ela disse que pediria o número e me mandaria. Mas não mandou. E passou a ignorar meus emails. 
Nessa semana eu tive praticamente todas as noites mal dormidas, pois tinha pesadelos com o vestido todas as noites. Em alguns, era dia do casamento e o vestido ainda não havia chegado, em outros, ele chegava bastante diferente do que eu havia pedido e tinha que me conformar com isso porque não dava tempo de fazer as modificações necessárias. Houve outros, mas em todos eu não me casava com o vestido que havia escolhido para o dia mais importante da minha vida.
Assim sendo, no dia 18 de maio eu passei o dia todo tentando entrar em contato com a Sra. Fulana de Tal, mas ela nunca me atendeu. Ou a ligação caia após o primeiro toque ou caia após inúmeros toques. Mas o fato é que eu não fui atendida. Extremamente nervosa, tentei entrar em contato com sua sócia, a Sra. Beltrana, mas a ligação também caia após inúmeros toques. Foi no final da tarde, depois de um dia inteiro tentando entrar em contato, que eu consegui ser atendida por sua sócia.
Neste telefonema eu questionei à Sra. Beltrana se o meu vestido chegaria naquela semana e ela disse que provavelmente não, porque naquela semana o atelier estaria preocupado com os preparativos do casamento da Sra. Fulana. Então eu lhe disse que eu não conseguia falar com sua sócia e que eu esperaria pelo vestido somente até o final de semana e, depois disso eu gostaria de cancelar meu contrato.
Seguido a isso, entrei em um fórum dedicado à noivas, o mesmo em que eu havia encontrado boas referências ao trabalho dessas senhoras, e, no tópico “Não Indico”, eu disse que não indicava o trabalho da Fulana e Beltrana e expus às outras noivas todo o pesadelo em que eu estava vivendo.
Duas horas depois, a Sra. Fulana ligou para a minha casa e, gritando, disse que estava ligando porque foi alertada sobre o que eu havia escrito em relação ao meu vestido que eu havia encomendado com ela. Disse que ela não ia pensar no meu vestido naquela semana porque, afinal de contas, aquela semana era a do casamento dela. E que também não ia pensar no meu vestido na próxima semana, porque seria a semana da lua de mel dela. Que somente ela era a responsável pela retirada do meu vestido na transportadora e que se eu quisesse esperar por ele, deveria me contentar em esperar até a última semana de maio / primeira de junho. Ou então, que se eu quisesse cancelar o negócio, que tudo bem também, mas que eu teria que esperar até que ela voltasse da lua de mel.
Abismada pelo tratamento que eu estava recebendo, eu disse que tudo o que eu queria naquele momento era o número de rastreamento do meu vestido para eu decidir se valeria a pena esperar por ele ou não. Por Deus, eu não queria outro vestido de modo algum!!! A Sra. Fulana me disse que me enviaria o tal código logo em seguida.
O código de rastreamento nunca chegou. Nem por email, nem por carta, nem por fax, nem por jegue, nem por nada. Eu simplesmente nunca soube o maldito código.
Pergunto-lhes, estimados leitores: o que eu tinha a ver com o casamento da Fulaninha??? NADA!!!
Mas ela tinha a ver com o meu... Ela era responsável pelo ítem mais importante, o vestido com o qual sonhei desde sempre! Mas ela conseguiu acabar com algo fundamental num negócio: a confiança! Eu não confiava mais nas datas que ela me dizia e nem no trabalho dela. Então, pedi, no dia 24 de maio, a rescisão de contrato com a devolução dos valores pagos. Dei como data limite para isso o dia 05 de junho, porque aí certamente ela já teria voltado da lua de mel. 
Ah, caros leitores, mas infelizmente nem todas as pessoas são dotadas de inteligência. A dona Fulana, "espertinha", malandrinha, mandou uma carta no dia 06 de junho, um dia depois do dia em que deveria ter devolvido meu dinheiro, dizendo que o vestido havia chegado, era lindo e tal, e que, como o vestido estava disponível, ela não estava me negando o vestido, ela não ia devolver o dinheiro. 
Agora imaginem, quem, em sã consciência, depois do tratamento VIP que eu recebi, iria lá fazer ajustes no vestido?????
Bem, mas como eu considerei rescindido o contrato no dia em que mandei a carta, ou seja, 24 de maio, logo em seguida eu fui atrás de outro. E comprei o vestido mais bonito do mundo! Sim, ele existia e não estava num atelierzinho de quinta. Mas ele era caro. Mais do que eu podia gastar. Mas, sonho de noiva não tem preço. Eu comprei o vestido e fiquei aguardando a Fulana de Tal me devolver o dinheiro. Como no dia 06 eu fiquei sabendo que ela não ia devolver, fui ao tribunal de pequenas causas para resolver de forma civilizada o meu problema. Nem tanto pelo valor perdido (claro que todo dinheiro é muito bem vindo pra quem tá casando, porque casar é caro pra burro!), mas mais pelo desaforo!
A audiência ficou fixada para o dia 25 de outubro. Ou seja, eu teria que viajar do Canadá para Santo André, para uma audiência. Mas ok, porque mais do que o dinheiro todo que eu iria gastar, o que eu queria era não ter que engolir toda a raiva sozinha. 
No dia da audiência, a sra Fulana tinha mais raiva no olhar do que eu. Estava grávida, com problemas de saúde, havia perdido a mãe há 20 dias, enfim... Claro que me culpou por ela estar ali, mesmo passando por tantos problemas. Vamos lá, caríssimo leitor, mais uma vez, o que eu tinha a ver com todas as desgraças??? NADA!!! Eu sinto muito quando alguém perde um ente querido. Senti até mesmo por ela. Mas ela não estaria alí se tivesse sido honesta, e devolvido o que não era dela, né não?
Quando a conselheira estava por perto, ela chorava, se fazia de vítima, de coitadinha... Quando a conselheira saía por algum motivo eu podia ver o ódio nos olhos dela e ela aproveitava pra me chamar de tudo o que podia... Lobo em pele de cordeiro. 
Bem, ficou fixado, no dia da audiência, que ela me pagaria em 3x de R$500,00. Não era nem um terço do que eu havia pedido, mas esperava que pudesse doer no bolso dela e, assim, que ela aprendesse e não fizesse mais isso com ninguém. Ela escolheu o dia para pagar: todo dia 5, já que ela ia receber pensão (pensão??? Como assim??? Ela tem mais de 30 anos!) pela morte da mãe dela nesse dia. Assinamos o acordo!
Ah, seria tão bom se a vida fosse fácil assim... Mas não é... ela me deu um baile pra pagar.  O dia 5 de novembro caiu num domingo... Então, óbvio que eu sabia que ela me pagaria no dia 6 e não no dia 3, por exemplo. Mas.... MAS!!!, nada no dia 6... Já no dia 7 de novembro a dona Fulaninha me envia um email dizendo que havia se confundido com as datas e o recebimento da pensão não seria no dia 5 e sim no quinto dia útil do mês. Pediu para que eu fosse compreensiva com isso e que me pagaria metade naquele dia e a outra metade até o final de semana.
Respondi que achava muito engraçado que eu sempre tinha que ser compreensiva com ela e ela nunca era comigo. Que quem havia escolhido a data para pagamento era ela, e não eu. Mas, como eu era BEM compreensiva, aceitava que ela me fizesse o pagamento sempre no dia 09 (para não dar a desculpa de se confundir com as datas novamente).
Claro que ela chiou, mas acabou fazendo dois pagamentos de R$250,00 no dia 09 de novembro. No dia 09 de dezembro, não sei porque, me surpreendi quando não vi o dinheiro na minha conta. E óbvio que ela não me deu satisfação alguma. Então lhe escrevi dizendo que infelizmente o dia do pagamento se havia acabado e ela não havia cumprido com sua parte. E que eu iria ao Juizado na segunda-feira caso o dinheiro não estivesse na minha conta para denunciar o não cumprimento do acordo.
Aí ela ficou doida!!! Me chamou de intolerante e intragável e disse que havia feito uma transferência. Eu respondi, na maior calma e educação que na minha conta não havia chegado nada... E ignorei as ofenças. Ela me respondeu que o Doc que ela havia feito tinha voltado e que eu deveria processar o banco por isso... rs
É pra rir, né?? Sabe o que eu acho que deixava a Fulana ainda mais puta?? O fato de eu nunca ter descido do salto. O fato de eu ter sempre sido educada com ela. O fato de eu nunca ter me desestabilizado... 
Após receber o pagamento de dezembro uma semana depois do que deveria ter sido, eu escrevo para a Fu (assim soa mais íntimo... rs) dizendo que o pagamento de janeiro deverá ser feito no dia 5 exatamente, porque eu não confiava nela e não tava mais a fim de ser boazinha com ela, já que ela não merecia. Sabem o que ela me respondeu??? Que ia pagar como e quando podia. Como ela não pode pagar no dia certo, dei queixa dela no tribunal de pequenas causas... Afinal, ela praticamente implorou por isso, vocês não acham?
Há quatro dias ela me escreveu achando um absurdo ter recebido nova intimação.... Porque já havia pago tudo! (Por que será que ela não foi verificar se tinha pago mesmo antes de dizer bobagens??) Mandei cópia de meu extrato provando que não havia pago tudo. Aí ela disse que eu deveria ter entrado em contato com ela ao invés de fazer isso, mas que eu não perdia a chance de ferrá-la (palavras dela) e que ia me pagar. Eu disse que queria o pagamento o mais rápido possível, inclusive com a multa prevista no acordo inicial. Ela ficou indignada e disse que eu a estava ameaçando... Ai ai...  Eu disse que só queria o dinheiro que era meu e estava com ela indevidamente... Ela me respondeu, entre outras coisas, que eu já deveria me sentir vingada, pois ela passou muito nervoso 20 dias após o falecimento da mãe dela, estava grávida, sem renda (como assim??? E o atelier???) e que agora eu estava fazendo ela passar ainda mais nervoso enquanto estava amamentando... E, claro, aproveitou pra me chamar de insolente! Terminou dizendo que ia pagar o que faltava apenas e que esperava que eu não a importunasse mais.
É uma humorista mesmo, não, caro leitor?? Eu achei por bem não responder, mas tinha certo de que se ela não pagasse a multa eu iria dar queixa dela novamente. Aliás, o intuito disso tudo era ela aprender a não fazer mais ninguém de idiota. Eu não ia deixar barato. Mas eis que ela pagou direitinho, um mês e 10 dias depois do que deveria, mas pagou. E mandou o comprovante de depósito com mais um recadinho educado, me chamando de demônia (uahahahahaha - risada macabra) e dizendo que nunca mais queria ouvir falar de mim.
Eu ri! O que mais poderia fazer?? Pena ela ter tanto ódio no coração... Isso não faz nada bem pra saúde. 
Bem, desde o dia do telefonema mal-criado até o início dessa semana, eu engoli inúmeros desaforos, sem dar o troco merecido. Quantas e quantas verdades eu quis dizer para ela e me contive. Ela disse tudo o que pensou... Me chamou de todos os nomes possíveis. Mas pagou. E pagou com multa. E eu ri! Bem feito!
Infelizmente, estou certa de que ela ainda não aprendeu. O que me faz lamentar profundamente. Mas, tenho certeza, a vida se encarregará de ensiná-la. Se Deus quiser, ela vai encontrar muitas Evelins pelo caminho, mulheres que sabem fazer valer seus direitos. 

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Minha história de amor com o... CANADA

Meu nome é Evelin Tesser, tenho 28 anos, casada. Sou paulistana, brasileira, tenho RG, CPF, carteira de trabalho e passaporte. Sou fonoaudióloga, Mestre em Linguística e Doutoranda também em Linguística. Tenho conta em dois bancos e um ótimo histórico de crédito. Tenho um plano de saúde que utilizo só para fazer consultas e exames de rotina (ainda bem!). Esse é o meu discurso no Brasil.
No Canadá, o discurso é bem diferente: Meu nome é Evelin Tesser, tenho 28 anos, casada. Sou brasileira, mas moro em Montréal há menos de seis meses. Não tenho documento (à exceção do passaporte brasileiro), profissão, conta em banco e nem plano de saúde.
Ainda assim, eu preferi arriscar a vida no Canadá. É claro que em breve terei meus documentos canadenses e minha conta no banco. Mas vai demorar um pouquinho ainda para conseguir exercer minha profissão lá, o que significa que vou ter que trabalhar no que aparecer...
Se a vida de um imigrante recém chegado não é nada fácil, por que eu troquei o conforto da vida que eu levava no Brasil por essa outra mais dura? Bem, os motivos são vários.
Quando eu fui à Montréal pela primeira vez, eu me apaixonei pela cidade. A segurança do lugar me deixou encantada!! Eu nunca fui assaltada no Brasil, mas sempre fui muito precavida, nunca abusei da sorte. Diferentemente, em Montréal, eu voltava pra casa sozinha, de metrô e ônibus, depois de uma balada, na madrugada, e eu sabia que ia chegar bem em casa, que ninguém ia me perturbar na rua. Além disso, quando eu ia para as aulas de francês, minha carteira ficava no bolso mais externo da mochila, porque era mais fácil pra eu pegar. E eu estava segura de que ninguém ia tentar abrir minha mochila pra pegar minha carteira. E, de fato, nunca ninguém tentou.
A segunda coisa que me chamou a atenção, tinha a ver com a minha profissão. Falta profissionais da saúde lá. E os salários não são ridículos como os salários do Brasil. É claro que eu não pretendo ficar rica, porque eu sei que isso não vai acontecer mas, se eu conseguir exercer minha profissão lá (e vou fazer o possível pra que isso aconteça!) vou trabalhar muito menos do que os fonoaudiólogos costumam trabalhar no Brasil para terem um salário decente e vou conseguir um salário ainda melhor.
O terceiro e decisivo motivo tem a ver com o fato do meu marido (na época do início do processo, namorado) já ser residente canadense.
Esses foram os fatores que me fizeram mudar de país, mas há mais coisas que me incomodam no Brasil. Na verdade, o que mais me incomoda é a falta de educação das pessoas. É a falta de gentileza. É o "jeitinho" que o brasileiro dá pra tudo. É o egoísmo. O brasileiro é famoso por sua simpatia, mas também é pela sua malandragem. É por isso que eu não sinto falta do Brasil. Sinto falta de algumas pessoas, óbvio, mas não do país. Não sinto falta do trânsito maluco e das pessoas que não se respeitam. Não sinto falta da burocracia exagerada, da corrupção praticamente declarada e do povo de mãos atadas pela falta de informação.
O Canadá é melhor? Em muitos aspectos sim! Mas, verdade seja dita, não em todos. Não é melhor na saúde, por exemplo. Nem no clima - aí é opinião pessoal, porque eu AMO calor! Mas todo o resto compensa.
Imigrar não é pra qualquer um. Tem que ter desprendimento. Tem que ter coragem. Tem que estar preparado pra trabalhar, estudar e resolver todos os problemas do dia-a-dia numa língua que não é a sua. As vezes, bate um desespero.
Se eu pretendo voltar um dia? Na verdade não pretendo, mas também não descarto. Afinal, sou brasileira, como quase todo mundo que está lendo esse post e, por isso, tenho esse direito. Também não descarto viver no México. Há três anos eu não poderia imaginar que minha vida seria assim hoje. Então, quem pode garantir o futuro?

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Nosso camento, parte 3: O civil e a festinha no Canada

Caros leitores,

Me casei dia 21 de outubro. Vocês devem estar se perguntando: outra vez? Pois é... Desta vez, no civil, e em Montréal. E por que Montréal? Bem, essa pergunta é ainda mais fácil de responder... É porque casar em Montréal tem apenas 10% da burocracia que existe para casar no Brasil. Era apenas apresentar passaporte, certidão de nascimento traduzida, preencher dois formulários e pagar a taxa.
Mas se engana quem pensa que foi tudo assim facinho... Foi não. Sempre tem que haver um contratempo. E eu, que já estava no meu terceiro casamento (com o mesmo marido, devo esclarecer), já devia saber disso.
Apresentei todos os documentos no final de agosto. Não fiz isso antes porque faltava traduzir a minha certidão de nascimento. Então, ao final de agosto, com todos os documentos em mãos, me dirigi junto com Heri e nossa amiga Ana, que seria nossa testemunha, ao Palácio de Justiça (onde são realizadas as cerimonias civis) para marcar a data. Aí disseram que deveríamos esperar 20 dias e eles nos ligariam e diriam quando seria o casamento. Passaram 20 dias e ninguém ligou. Fui até lá questionar a demora. E aí, o senhorzinho que me atendeu bem ao lado de uma placa de "respeite o funcionário público ou você vai ver o que é bom pra tosse" me disse que ninguém havia me ligado porque eu não havia levado a tradução da minha certidão de nascimento. Como assim??? Fiquei perplexa, já que eu havia demorado a marcar justamente porque estava esperando a bendita tradução. Eu disse que eu havia levado sim e ele continuou afirmando que não... Pôxa, como deve ser difícil para ele assumir que perderam meu documento... Mas, enfim, só não insisti mais por conta da placa de "respeite o funcionário público ou você vai ver o que é bom pra tosse"... rs. Depois de eu enviar nova cópia da tradução do meu documento, a data foi finalmente fixada. E, a partir daí, tudo deu super certo!
O único "porém" é que eu estava de viagem marcada para o Brasil no dia seguinte ao casamento. E a festinha que havíamos prometido para os amigos montrealais??? Diante do impasse, decidimos: a festa seria antes da celebração... Sei, caro leitor... Isso é bem estranho... Comemorar algo que ainda não aconteceu... rs. Mas a culpa é toda do velhinho-servidor-público-ameaçador que perdeu meu documento.
Apesar da festa ter sido antes da cerimônia, vou relatar aqui como eu gostaria que tivesse sido. Então, vou começar pela cerimônia mesmo. Ela foi super simples, mas bonita (ao menos eu achei, claro) e durou apenas 10 minutos. Primeiro a juíza leu as leis do código civil do Québec concernente ao casamento. Depois ela pediu que nos déssemos as mãos e então perguntou se queríamos mesmo casar. Diante de nossas respostas afirmativas (um "oui" bem sonoro!!rs) ela nos declarou époux e épouse e autorizou o beijo. Aí assinamos a papelada e acabou a cerimônia! Simples assim.
Agora a festa... Passei dois dias na cozinha, preparando coisinhas gostosas para 30 convidados. Pães (frango com cream cheese, peperoni com queijo e pizza), torta de palmito, quiche de brócolis com bacon, beijinho, brigadeiro, casadinho, flamboyant, mousse de maracujá e bolo de três leites recheado com doce de leite e chocolate branco. Ficou tudo bem bom, porque fiz tudo com muito carinho!!! E a festa também foi bem boa! A casa estava lotada de gente animada: nossos novos e já queridos amigos. Foram 5 horas de muita risada, muita diversão e muita conversa (em vários idiomas, porque tínhamos convidados de nove nacionalidades diferentes!!!). Pena que já passou... Agora tenho que pensar em como será a comemoração de um ano de casados... E mais difícil que isso: quando será essa comemoração, já que temos 3 datas diferentes para comemorar nossa união. E viva o amor!!! =)

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Meu Casamento, parte 2 - A Festa no México

Sempre achei os mexicanos muito animados! Então, minhas expectativas para a minha festa de casamento no México eram altas. E, felizmente, eu não me decepcionei!
A festa estava marcada para as 20:15h. Mas Heri, já sabendo da (im)pontualidade dos mexicanos, avisou que a festa seria as 20h. Nós, os noivos, chegaríamos as 21h.
O cronograma era o seguinte: chegaríamos à festa, seríamos anunciados, entraríamos e nos colocaríamos na pista para iniciar o tango que tanto havíamos ensaiado. Em seguida, dançaríamos a valsa. Inclusive com nossos pais e com meus cunhados. Depois, o tão temido discurso. Em seguida, seria servido o jantar. A meia noite, faríamos a "Víbora do Mar" e depois eu jogaria meu buquê e Heri jogaria minha liga.
Nós, de fato, chegamos as 21h. E para nossa surpresa (para minha surpresa, ao menos), o salão não estava completamente cheio. Sendo bem realista: estava meio cheio. O que foi bom porque, na minha opinião, o tango foi um fiasco. Havíamos ensaiado tanto e estava tão bonito!!!! Mas, na hora, no nervosismo, esquecemos tudo o que devíamos fazer! Enfim, parece que os convidados não notaram muito, porque disseram que foi bonita a nossa dança. Mas nós, que sabíamos como devia ser, ficamos um pouco decepcionados.
Na hora da valsa, iniciamos dançando com nossos pais... Eu com meu pai e Heri com sua mãe. Em seguida, eu com seu pai e ele com minha mãe. Depois com seus irmãos e irmãs. E, nessa hora, me dei conta de que uma de suas irmãs ainda não havia chegado. Que triste! A minha fofita querida estava atrasada e já havia perdido a dança dos noivos e a valsa!
Em seguida, o discurso. O meu, eu havia preparado há um tempão, tamanho era o medo... rs. No Brasil não é comum isso! O Heri preparou o dele algumas horinhas antes da festa. E ficou lindo! Seu pai, como bom anfitrião, fez um agradecimento especial aos convidados. O meu pai fez um discurso que fez todo mundo rir... Contou minha história com Heri do seu ponto de vista (o que acabou distorcendo um pouco a história, diga-se de passagem) e terminou avisando que, agora, Heri também era seu filho e, como tal, deveria saber que "lá em casa, com os filhos, o coro come!" Hahahaha. Só meu pai mesmo!
Alex, meu cunhado, também falou, e foi ele que sugeriu o brinde! Foi bem legal!
Aí veio o jantar: rolinhos de siri com salada verde, sopa de salsinha com nozes tostadas, carne de vitela ao vinho do porto e legumes e, para fechar com chave de ouro, bolo de tres leites com doce de leite. E muita bebida: tequila, rum, vodka, uisque, refrigerante... E dá-lhe calorias!!!
Mas para que se preocupar com isso?? Nesta hora, todos que tinham que chegar já haviam chegado e a pista de dança bombou a noite inteirinha e lá todos gastaram o excesso consumido no jantar.
A meia noite, paramos para fazer a Víbora do Mar. Trata-se de uma brincadeira da qual participam as moças e moços solteiros. Primeiro, os noivos sobem em cima de banquinhos e o noivo segura a ponta do véu da noiva. Aí, as moças solteiras fazem um trenzinho e dançam passando por baixo da ponte criada pelo véu da noiva. Como elas podem se desiquilibrar enquanto dançam, há quem fique segurando os noivos. Terminada a dança, eu joguei meu buquê. Quem pegou foi uma amiga das minhas cunhadas. Confesso que eu torcia para que Moni, uma das irmãs do Heri pegasse... Mas não foi dessa vez.
Depois é a vez dos moços. Aí a coisa pega... Porque eles tentam derrubar o noivo do banquinho!!! Haja segurança pros noivos!!! Conseguiram até arrancar meu véu. Mas é extremamente divertido! Depois Heri tirou minha liga e jogou. Um amigo do seu antigo trabalho agarrou a liga.
Diferentemente do que aconteceu na festa do Brasil, no México a liga foi muito mais disputada do que o buquê!
Muitas e muitas danças e fotos depois, chegou a hora dos Mariachis! Foi bem bonito!!! Pena que era a última hora da festa. Junto com a apresentação deles, foi servido chilaquiles. Que delícia!!!! E Heri aproveitou o momento para "passar a camisa"... rs. Pois é, no Brasil, vende-se um pedacinho da gravata. No México, os convidados alfinetam dinheiro na camisa do noivo.
E a festa terminou com gostinho de quero mais. Foi a festa mais divertida em que eu já fui. E o melhor: era minha!!! =)
Para quem ficou curioso e quer saber o conteúdo do discurso dos noivos, aí vai:

Discurso do Heri:
"El día que te conocí tuve el presentimiento que tú eras la mujer de mi vida, la mujer con la que tanto había soñado, la que tanto había estado esperado, con la que quería formar una hermosa familia, con la que quería hacerme bien viejito, ese día solo bastaron 5 minutos para darme cuenta que el amor a primera vista existía, en 5 minutos despertaste en mi las ganas de querer conocerte mas, de saber que alimentaba esa hermosa sonrisa y ese brillo en los ojos, que solo tú tienes, para fomentarlo para el resto de tu vida. Después de esa plática, tenía una nueva misión de vida, descubrir cuáles eran todos tus sueños y anhelos, fusionarlos con los míos, desarrollar las estrategias para conseguir todos esos sueños, esta noche estamos cumpliendo uno de los grandes que teníamos en nuestra lista. Tu me has ayudado a descubrir lo que verdaderamente es la felicidad. Te amo con todo mi corazón y te prometo enfrente de todos mis seres queridos que te hare mas feliz de lo que ya eres.
Me gustaría aprovechar la oportunidad, para agradecerles a cada uno de ustedes por acompañarnos este dia tan importante, y decirles que los quiero mucho. Gracias
Para los amigos extranjeros: Thank you very much guys, it is amazing that you guys made it, i hope you guys enjoy the mexican party."

Meu discurso:
"Primero que nada me gustaria agradecer la presencia de todos ustedes que estan aqui para compartir con nosotros este que es uno de los dias más especiales de nuestras vidas! Muchas gracias!
Bueno... me gustaria decir que yo me enamoré por Heriberto muy rápidamente. Porque él es una persona apasionante! Y desde que me di cuenta de esa pasión, yo tenía en él mi mejor amigo, mi maestro, mi confidente, mi fortaleza, mi compañero. Y hoy, además de todo eso, es mi esposo! El día que nos conocimos ahí, en la cafeteria (te acuerdas?), no podia imaginar que llegaria este momento. Pero Dios nos ha guiado hasta ahora, haciéndonos ver que el amor estaba junto a nosotros y nos ayudó a enfrentar todos estos kilómetros de distancia que nos separaba.
Hoy, Heri, quiero te prometer mucho más que amor y fidelidad. Quiero prometer que yo seré feliz para hacerte feliz. Que estaré a tu lado en todos los momentos, felices o no. Que tu serás para siempre mi verdadero amor. Con quien voy a envejecer. Estaré a tu lado en un momento llamado SIEMPRE.
Te amo muchísimo!"