O grande barato deste blog, para mim, é que por meio dele eu me permito sentar e refletir um pouquinho sobre minha vida. Não deixa de ser, então, uma espécie de terapia onde nem sempre eu conto tudo porque não sei quem são todos os meus leitores, mas o fato é que eu nunca falto com a verdade. Então, por falar em "refletir", estive essa semana pensando em quanta coisa uma mulher é capaz de fazer. Claro que me tomei como exemplo, mas há muitas mulheres que se desdobram ainda mais.
Eu trabalho em 4 lugares diferentes (trabalho pouco, é verdade, mas são 4 lugares)... Penso nos meus pacientes após os atendimentos. Há pacientes que ocupam minha cabeça todo o final de semana. Fico horas pensando em qual seria a melhor estratégia para determinado paciente conseguir produzir determinado som... E ainda há os relatórios - para a escola, para o médico, para a dentista...
Eu também estudo. Faço doutorado (ainda tenho 3 anos pela frente!!!) e estudo francês.
Aos finais de semana - quando meus pais viajam - sou também dona de casa.
Algumas vezes, fico com meu sobrinho (o que é sempre um imenso prazer). Vou ao banco, ao mercado, ao shopping, à manicure... Mando lavar o carro (ok, ok... quanto ao carro, confesso que sou bem relapsa... só mando lavar e abasteço... não verifico óleo, água e nem calibro os pneus... e não coloco a falta de "tempo" como culpada... é pura preguiça mesmo!).
Arrumo tempo para papear com meus amigos - por msn, telefone ou pessoalmente, num almoço ou jantar. Vou ao cinema, devoro livros, fuço na vida alheia (santo Orkut!), assisto novela, ouço música, escrevo no blog, faço dieta.
E muitas dessas coisas eu faço ao mesmo tempo! Às vezes, penso que sou uma mulher polvo, com um conjunto de braços, cada um capaz de fazer uma coisa diferente ao mesmo tempo. E, quem me conhece, sabe: tudo tem que ser bem feito ou, na pior das hipóteses, ainda que não saia bem feito, tem que ter tido o melhor de mim.
Engraçado que por mais que eu faça, sou uma eterna insatisfeita.
Por mais que eu leia, nunca vou conseguir ler tudo o que eu quero. Assim como também nunca conseguirei assistir todos os filmes ou ouvir todas as músicas.
Eu trabalho em 4 lugares diferentes (trabalho pouco, é verdade, mas são 4 lugares)... Penso nos meus pacientes após os atendimentos. Há pacientes que ocupam minha cabeça todo o final de semana. Fico horas pensando em qual seria a melhor estratégia para determinado paciente conseguir produzir determinado som... E ainda há os relatórios - para a escola, para o médico, para a dentista...
Eu também estudo. Faço doutorado (ainda tenho 3 anos pela frente!!!) e estudo francês.
Aos finais de semana - quando meus pais viajam - sou também dona de casa.
Algumas vezes, fico com meu sobrinho (o que é sempre um imenso prazer). Vou ao banco, ao mercado, ao shopping, à manicure... Mando lavar o carro (ok, ok... quanto ao carro, confesso que sou bem relapsa... só mando lavar e abasteço... não verifico óleo, água e nem calibro os pneus... e não coloco a falta de "tempo" como culpada... é pura preguiça mesmo!).
Arrumo tempo para papear com meus amigos - por msn, telefone ou pessoalmente, num almoço ou jantar. Vou ao cinema, devoro livros, fuço na vida alheia (santo Orkut!), assisto novela, ouço música, escrevo no blog, faço dieta.
E muitas dessas coisas eu faço ao mesmo tempo! Às vezes, penso que sou uma mulher polvo, com um conjunto de braços, cada um capaz de fazer uma coisa diferente ao mesmo tempo. E, quem me conhece, sabe: tudo tem que ser bem feito ou, na pior das hipóteses, ainda que não saia bem feito, tem que ter tido o melhor de mim.
Engraçado que por mais que eu faça, sou uma eterna insatisfeita.
Por mais que eu leia, nunca vou conseguir ler tudo o que eu quero. Assim como também nunca conseguirei assistir todos os filmes ou ouvir todas as músicas.
Por mais que eu escreva, quase nunca direi tudo o que sinto e quase nunca serei lida (tomando como exemplo esse blog, ele tem mais "rascunhos" do que posts publicados... fora as coisas que escrevo em papel e, na hora de postar aqui elas deixam de fazer sentido e eu deixo de postá-las).
Por mais que eu converse com meus amigos, o papo nunca se esgota e eu fico sempre com a sensação de que mais poderia ter sido dito.
Por mais dieta que eu faça, há sempre mais quilos a perder.
Por mais que eu veja meu sobrinho, sempre resta um gosto forte de saudade quando ele vai embora (porqueirinha!!! Nunca achei que eu fosse capaz de amar tanto alguém assim... tampouco da maneira como amo: incondicionalmente).
Por mais que eu estude, nunca saberei tudo o que deveria saber - nem de fonoaudiologia, nem de lingüística, nem de psicanálise ou filosofia.
Por mais que eu trabalhe, sempre vai sobrar tempo pra mais trabalho e sempre vai faltar dinheiro...
Sou a senhorita imperfeição. Relutei anos contra isso, mas agora assumo até com certo orgulho e, de certa maneira, com a consciência bastante tranquila: não sou polvo... sou só uma mulher.
Agora, ao reler o que foi escrito até aqui, fiquei com a sensação de que este post pode passar a imagem de alguém que, sabendo de seus limites, fica estagnado. Então, quero deixar claro que não é isso. Ainda que eu tenha meus limites (e, sem dúvida, eles são muitos... aliás, são muito mais do que estes que eu disse aqui), eu não sou uma pessoa conformista, sossegada e estagnada. Muito pelo contrário. Como eu disse, sou uma eterna insatisfeita, mas, ao contrário de muita gente que conheço que só sabe sentar e reclamar da vida, eu gosto mesmo é de encarar desafios e tentar fazer sempre melhor. E, se não puder ser hoje, tudo bem. Amanhã eu terei mais 24 horas para fazer. O que não dá é "viver" as 24 horas de hoje me lamentando.
Por mais que eu converse com meus amigos, o papo nunca se esgota e eu fico sempre com a sensação de que mais poderia ter sido dito.
Por mais dieta que eu faça, há sempre mais quilos a perder.
Por mais que eu veja meu sobrinho, sempre resta um gosto forte de saudade quando ele vai embora (porqueirinha!!! Nunca achei que eu fosse capaz de amar tanto alguém assim... tampouco da maneira como amo: incondicionalmente).
Por mais que eu estude, nunca saberei tudo o que deveria saber - nem de fonoaudiologia, nem de lingüística, nem de psicanálise ou filosofia.
Por mais que eu trabalhe, sempre vai sobrar tempo pra mais trabalho e sempre vai faltar dinheiro...
Sou a senhorita imperfeição. Relutei anos contra isso, mas agora assumo até com certo orgulho e, de certa maneira, com a consciência bastante tranquila: não sou polvo... sou só uma mulher.
Agora, ao reler o que foi escrito até aqui, fiquei com a sensação de que este post pode passar a imagem de alguém que, sabendo de seus limites, fica estagnado. Então, quero deixar claro que não é isso. Ainda que eu tenha meus limites (e, sem dúvida, eles são muitos... aliás, são muito mais do que estes que eu disse aqui), eu não sou uma pessoa conformista, sossegada e estagnada. Muito pelo contrário. Como eu disse, sou uma eterna insatisfeita, mas, ao contrário de muita gente que conheço que só sabe sentar e reclamar da vida, eu gosto mesmo é de encarar desafios e tentar fazer sempre melhor. E, se não puder ser hoje, tudo bem. Amanhã eu terei mais 24 horas para fazer. O que não dá é "viver" as 24 horas de hoje me lamentando.
3 comentários:
Uauuuuuu, ser mulher é viver mil vezes em apenas uma vida!!! =)
muito bom esse post seu Evy! Ser mulher é ser tudo isso ki vc falou 1.001 utilidades..rs *Ah! ki feioo usa o carro e nem tem coragem de lavar! hshsuahsau...beijos! =]
Uma mulher assim não se acha em qlq lugar né hehe apesar de algumas coisas comuns tipo: "Por mais dieta que eu faça, há sempre mais quilos a perder" aonde? kd?
bjos linda
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