sexta-feira, 12 de novembro de 2010

A maldição da sexta-feira 12

Era quase uma hora da manhã e eu estava quase dormindo, quando ouvi uma sirene chata e insistente. Demorou alguns segundos para me dar conta de que era a campainha do alarme de incêndio do meu prédio. Ainda demorei um pouco pensando no que eu deveria levar comigo... rs. Peguei passaporte, dinheiro e computador. Enfiei tudo na bolsa. Tirei a calça do pijama, vesti rapidamente meu jeans, coloquei um casaco por cima do resto do pijama, calcei meu par de tênis, apaguei as luzes da casa e saí correndo. Lá no corredor, me deparo com uma francesinha toda descabelada e vestindo seu pijama, me perguntando "qu'est-ce qui se passe?". Respondi com um "je ne sais pas", para não dizer "olha minha filha, eu sei tanto quanto você... mas não vou ficar aqui para ter certeza... fui!". Um casal chamava o elevador... Alô-ou! Caros leitores, me esclareçam... quem em sã consciência, chama um elevador quando o prédio está (ainda que supostamente) pegando fogo? Abri a porta que dá para a saída de emergência e avisei que era melhor por ali.
Descemos todos voando, quer dizer, uns mais que outros. No final, faltando dois degraus, eu fiz o favor de não enxergar bem e torcer o pé. Caraca, que dor! Uma mocinha gentil que estava na minha frente se ofereceu para me apoiar, para eu continuar andando... Mas não era para tanto, então agradeci e disse que não era necessário. O hall estava lotado, e a calçada do prédio também. Sentei na calçada, porque a dor no tornozelo estava ficando insuportável. Em 5 minutos chegaram dois caminhões de bombeiros (igualzinho ao Brasil, hein?!). Seis bombeiros entraram no prédio com lanternas e mangueiras. Aí o povo começou a voltar para seus apartamentos. Voltei também.
Passa alguns minutos e um bombeiro bate à minha porta para saber se eu havia visto algum foco de incendio. Eu neguei e perguntei se realmente já podia ficar no apartamento. Ele disse que sim e foi embora.
Saldo do dia: um tornozelo inchado e super dolorido. A regra agora é repouso e anti-inflamatório. Espero que nada mais grave tenha acontecido, porque nada me impedirá de voltar pro Brasil na próxima semana!!! =)

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

A Boa Notícia do ano!

Bonjour mes amis!

Esta semana eu recebi uma notícia surpreendente!
Como já escrevi aqui, o homem da minha vida me pediu em casamento esse ano. No nosso caso, parecia que tudo ia ser mais complicado. Para começar, porque ele não é brasileiro. Então, casar no Brasil seria muito caro, por todas as traduções que ele teria que fazer. Casar no México, seria ainda mais difícil, porque além de caro, seria mais burocrático do que no Brasil (será que é possível isso?). Então, decidimos que nos casaríamos no Canadá, o país em que vamos morar. Para casar no Canadá, se compararmos com o Brasil, a burocracia é zero!
Como estou em meio a meu processo de imigração, pensávamos que se nos casássemos antes do final do processo, este iria demorar mais que o habitual. Então pensamos em nos casar quando eu terminar meu processo imigratório. Mas eu adoraria compartilhar esse momento de intensa felicidade com as pessoas que amo. Então, a decisão tomada foi: casamos no Brasil, pela igreja, e, depois, no Canadá, pelo civil. Nesse meio tempo, uma comemoração pela união no México!!!
Acontece que é contra a lei da Igreja casar-se no religioso sem o civil (ou, ao menos, sem ter o civil marcado). E isso iria complicar muito nossos planos. Fui até a igreja, em setembro, conversar com o Padre para ver o que podíamos fazer. Ele disse que só realizaria meu casamento, do modo como eu gostaria, se o Bispo da minha cidade autorizasse. Nesse momento eu já estava quase partindo para um plano B. Mas então, conversei com meu amigo mais "católico apostólico romano" e ele me deu algumas dicas (valeu, Rô!!!). Escrevi, então, uma carta ao Bispo, pedindo que analisasse meu caso, mas já desacreditada de uma resposta positiva.
Pensando que a probabilidade do bispo autorizar era a mais baixa possível, liguei no cartório da minha cidade para saber exatamente os documentos necessários e liguei no Consulado do Canadá para saber se isso atrasaria meu processo.
Quando eu menos esperava, recebo a boa notícia. A secretária da Igreja ligou lá na minha casa, no Brasil, para dizer que o Bispo autorizou o casamento. Hã?? Kkkkkkk. Vocês não têm idéia da felicidade que senti quando recebi essa notícia!! Por essa eu realmente não esperava.
Mas é isso!
Agora, retomamos o plano primeiro e vamos começar os preparativos. Ano que vem vai ter bolo de casamento!!!!

sábado, 2 de outubro de 2010

Saudade

Saudade: palavra portuguesa intraduzível para qualquer outra língua. E é até mesmo difícil explicá-la para alguém que não fala o português. Porque é um sentimento, e sentimentos são mesmo difíceis de serem explicados.
Me sinto sozinha e a solidão é um prato cheio para a saudade. Assim sendo, ultimamente tenho sentido muitas saudades. Saudades de alguns sabores, de alguns perfumes, de algumas palavras.
Saudade do colo do namorado, de voltar a falar hoooooras com ele, do cheiro, dos beijos, do abraço tão aconchegante, dos carinhos...
Saudade de tomar café da manhã com a minha mãe.
Saudade das travessuras do Gabri e do chorinho do Dudu.
Saudade da macarronada e dos mimos da minha avó.
Saudade dos encontros com as amigas de toda a vida.
Saudade de cozinhar coisas gostosas para outras pessoas comerem.
Saudade de pão de queijo e pão de torresmo.
Há quem diga que sentir saudades é bom... Eu particularmente não gosto. Acontece que vou sentindo o coração pequenininho e os olhos mais tristes diante de tanta pouca coisa...
Meus dias têm passado lentos demais... E eu mergulho na minha rotina para parecer menos difícil.

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Sobre o Hilário Eleitoral Gratuito

Quando eu era mais nova, eu era cheia de ideais. Tirei meu título eleitoral aos 16 anos e achava que eu poderia fazer a diferença. Gostava de saber o que diziam aqueles que propunham uma candidatura. Gostava de discutir sobre isso. E quase nunca gostei dos candidatos mais "convencionais"... Coisas de quem conhece pouco da vida e está cheia de ilusões.
Pouco mais de 10 anos depois estou eu com planos de abandonar definitivamente a "Pátria amada, salve, salve!". A política do Brasil me cansa! Esse não devia ser um assunto a me preocupar neste ano, já que não poderei votar. Mas, de qualquer forma, assisti à propaganda eleitoral. Ou seria comédia eleitoral? Meu Deus, o que tem de gente despreparada e descaradamente pedindo votos a fim de usufruir de todas as "mamatas" proporcionadas pelo governo... É para revoltar!!! E quando eu falo em gente despreparada, não estou, em absoluto, falando de gente sem estudo. Não votei no Lula. Nunca. Detesto o fato dele ser o presidente do Brasil. Mas apesar dele não ter estudos, não o considero despreparado (não estou com isso dizendo que ele é um bom presidente... aliás, seu governo assistencialista também cansa minha beleza).
Mas, com o que será que Ronaldo Esper pode contribuir para a sociedade enquanto deputado? E o Maguila? E a Mulher Pêra??? Meu Deus, e o Tiririca????? Não, a propaganda do Tiririca é, sem dúvida a mais debochada: "O que faz um deputado federal? Na realidade, eu não sei, mas vote em mim que eu te conto" (!!!!) Ou tem ainda uma outra propaganda desse próprio candidato em que ele diz "quero ser deputado federal para ajudar os mais necessitados, inclusive a minha família". Fala séééério! E o pior é que tem muita gente que vota nesse tipo de... tipinho. Assista aqui um pouco dessa comédia eleitoral e tente não chorar...
Outro dia recebi um email que falava de uns podres do passado da Sra. Dilma e terminava com o slogan "Brasil, um país de Tolos". Eu assino embaixo. E quer saber? Já cansei de achar que um dia o Brasil melhora...

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Minhas primeiras impressões sobre Montreal

Este artigo eu escrevi em 2009 e gostaria de compartilhá-lo aqui, com quem lê francês.


Salut, amis virtuels! Le but de cet article est de parler un peu de Montréal, la ville que j’ai choisie par améliorer mon français.
Je suis arrivée à Montréal le 31 janvier pour un séjour de 45 jours. Le programme était: étudier le français et connaître un petit peu le Canada, pour pratiquer ce qui est appris en classe.
La première semaine de classe, tous les professeurs m’ont demandé ma première impression sur Montréal. La réponse était toujours sur le bout de la langue: Montréal, c’est très froid!!! J’explique : j’habite au Brésil, un pays chaud, et je n’aime pas le froid. Mais, pour des raisons indépendantes de ma volonté, je suis venue étudier ici au milieu de l’hiver.
Le froid me laisse toujours somnolente, donc, pendant la semaine, je ne veux pas beaucoup sortir. Je suis comme une ourse qui veut hiberner (rsrs). Je profite, alors, des week-ends pour marcher et connaître les points touristiques.
Montréal a quelque chose d’européen qui m’enchante. De tout ce que j’ai vu jusqu’aujourd'hui , je peux affirmer qu’une visite dans le Vieux Montréal est obligatoire et connaître la Basilique Notre-Dame est indispensable. Ça vaut la peine!
Bien que je n’aime pas l’hiver, une observation doit être faite: je trouve très beau quand le soleil apparaît et, qu’on regarde la neige, on voit des petits points brillants, comme si c’étaient des bijoux. Des cristaux, sans doute, mais, dans ce cas, de glace. J’aime aussi voir la neige tomber. Chaque flocon de neige est comme une petite étoile. C’est beau !
Mais, la chose que j’ aime le plus ici est, sans doute, entendre les gens qui parlent français, «la langue de l’amour». J’essaie de faire attention à ce que les gens disent dans le bus et le métro (oui, ma mère m’a déjà dit que c’est très laid, mais c’est irrésistible!!!). Je ne comprends pas toujours, mais je suis heureuse quand je comprends quelque chose!
Je disais tout le temps à mes amis que ce ne serait pas le voyage de mes rêves. Mais, je dois l’avouer, il a dépassé mes attentes ! La ville est plus belle que je ne l’imaginais, les gens sont infiniment plus sympas et accueillants que je le ne pensais, le cours offert est plus chouette que je ne l’imaginais, et, bien sûr, je n’ai pas cesser de réclamer, le froid est beaucoup plus intense que je ne pensais (mais je m’y suis habituée).
Je pense que tout le monde devrait passer par cette expérience. J’ai joint l’ utile à l’agréable. J’ai étudié une autre langue et j’ai connu des lieux merveilleux ! Je crois que je peux dire que je n’ ai jamais été aussi heureuse!!!

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Bagunça

Primeiro uma vertiginosa vertigem. Tudo roda. Tudo parece fora de lugar. Ei... cadê aquela certeza que estava aqui? Ah, sim, com tudo rodando, foi parar do outro lado! Agora, em meio a toda tontura, preciso procurar tudo o que ficou fora de lugar... Encontro quase tudo de imediato. É bom saber que não trato os meus valores com o mesmo descaso que trato a minha casa. Eles ficam todos em ordem. Assim é mais fácil procurá-los. Falta encontrar a paz de espírito, a esperança e a confiança. Têm de estar em algum lugar aqui perto. Mas a visão está um pouco desfocada e fica difícil procurar as coisas assim!
Aí encontro os sonhos. Sim, faltava os sonhos e eu não havia me dado conta! Como pude me esquecer deles? Pego-os com cuidado e, antes de colocá-los no lugar, dou uma cuidadosa olhadela. Ali estão todos os meus sonhos. Os que já tive, os que tenho e os que ainda terei. Por algum motivo que me escapa à compreensão, sou incapaz de ler os sonhos futuros. Mas leio os sonhos passados e rio da minha ingenuidade. Leio os sonhos de agora. E percebo que são grandes e difíceis. Mas não impossíveis. Nunca tive medo de arregaçar as mangas e trabalhar. Então penso que é bobagem pensar nas dificuldades. Não tenho medo delas. Fecho cuidadosamente o livro dos sonhos e, antes de colocá-lo no lugar, me deparo com uma caixinha.
Deixo o livro de lado e vou, curiosa como sempre, ver o que tem naquela minha caixinha. Abro só um pouquinho, mas o suficiente para que meus olhos já se encham de lágrimas. Procuro minha cama para esconder embaixo dela aquela caixinha, mas agora me encontro num cômodo sem móveis. Só eu e minhas coisas mais íntimas. Abro novamente a caixinha e alí estão todas as dores que causei aos outros e aquelas que causo a mim mesma. E me dou conta de como tenho sido dura! Aí penso ser melhor não esconder a caixinha. Penso que o melhor a fazer é tirar cada mágoa dali e tentar transformá-las em qualquer coisa que não seja feia o suficiente pra ficar escondida numa caixa.
Olho prum canto e vejo toda encolhida alí a confiança. Não me lembrava dela ser pequena daquele jeito... E anoto no bloquinho da minha memória que preciso alimentá-la melhor! Sem querer, chuto um potinho e deixo derramar uma certa quantidade do pó que havia lá dentro. Pego o pote e leio o rótulo: ESPERANÇA. "Que ótimo", penso comigo mesma, "lá se foi um pouco de esperança". Anoto no meu bloquinho que preciso pensar numa maneira de multiplicar a esperança. Mas mais tarde... Agora era preciso terminar de pôr ordem nas coisas. Faltava bem pouco. Mas demorei muito até me dar conta de que a paz de espírito eu não iria encontrar alí. Ela estava em mim. E quando me dei conta disso, passei a senti-la mais forte.
Então a vertigem passou. Olhei em volta e aprovei a nova arrumação do cômodo. Uma última anotação no bloquinho: detesto essa necessidade de escrever!

sábado, 12 de junho de 2010

Dia dos namorados

Salut mes amis!

Hoje, dia dos namorados, por que não começar o post com a "língua do amor", não é mesmo? Por falar nisso, foi justamente a "língua do amor" que me fez conhecer o Heri, meu namorado e grande amor! Vou aproveitar a data para contar detalhadamente a surpresa que ele me preparou esse ano.
Assim que Heri terminou seu tour pela América Latina, no início do ano, ele voltou ao México e entregou seu passaporte ao Consulado Geral do Canada, a fim de obter seu visto de residente permanente no país da folhinha. E ele não tinha a menor idéia de quando teria seu passaporte de volta. No entanto, quando devolveram seu passaporte (ainda sem visto), pouco mais de um mês depois, ele resolveu que viria me visitar, mas que isso seria uma surpresa! Assim, ele nem me contou que o Consulado havia devolvido seu passaporte.
Antes dele vir, no entanto, eu iria me encontrar com sua irmã, que estava de férias pela Europa. Me encontrei com ela, Viri, em Hamburgo (Alemanha), onde fiquei 3 dias e, depois, fomos juntas à Paris. Sua companhia foi muito importante pra mim porque, entre outras coisas, fez sentir-me menos sozinha. Ao final de uma semana passeando e rindo muito, chegamos à Stras, onde a danadinha da minha cunhada "surrupiou"  uma das chaves do meu apartamento. Um plano conspiratório (a meu favor, diga-se de passagem) estava sendo armado e eu estava alheia a isso tudo!
O fato é que, menos de um mês depois, nas vésperas do meu aniversário, após uma noite cansativa de aula, cheguei em casa e, ao abrir a porta, um caminho de velas me esperava. Fiquei um tempo lá fora, contemplando a imagem, sem saber ao certo o que fazer, se entrar e ver o que me esperava ou se esperava do lado de fora pra ver o que acontecia. Após um momento de hesitação, entrei. Segui as velas e, ao final do caminho havia um ramalhete de flores e o Heri, lindo!, cheiroso! e elegantérrimo!!! Conclusão: tive uma crise de riso! Hahaha, as reações são mesmo inesperadas. Na minha cabeça, um turbilhão de perguntas. No peito, um coração querendo escapar!!! E, então, a pergunta que levou Heri do México à Strasbourg foi feita: "Casa comigo?" E eu alí, ainda rindo muito, respondi que sim, é claro!
Heri é, sem dúvida, um príncipe saído de algum conto de fadas! É inteligente, gentil, romântico, divertido, super companheiro, cheio de valores, enfim, perfeitinho! Reconheço nele aquele a quem sempre procurei! Compartilhamos alguns gostos e muitos sonhos! Ele é o meu passo mais acertado!
Me sinto infinitamente feliz por poder comemorar o dia de hoje com ele (ainda que à distância)!
E, pra terminar o post do dia dos namorados, um texto lindo de Carlos Drummond de Andrade, "Conselhos de um velho apaixonado"

Quando encontrar alguém e esse alguém fizer seu coração parar de funcionar por alguns segundos, preste atenção: pode ser a pessoa mais importante da sua vida.
Se os olhares se cruzarem e, neste momento, houver o mesmo brilho intenso entre eles, fique alerta: pode ser a pessoa que você está esperando desde o dia em que nasceu.
Se o toque dos lábios for intenso, se o beijo for apaixonante, e os olhos se encherem d'água neste momento, perceba: existe algo mágico entre vocês.
Se o 1º e o último pensamento do seu dia for essa pessoa, se a vontade de ficar juntos chegar a apertar o coração, agradeça:  Algo do céu te mandou um presente divino - O AMOR.
Se um dia tiverem que pedir perdão um ao outro por algum motivo e, em troca, receber um abraço, um sorriso, um afago nos cabelos e os gestos valerem mais que mil palavras, entregue-se: vocês foram feitos um pro outro.
Se por algum motivo você estiver triste, se a vida te deu uma rasteira e a outra pessoa sofrer o seu sofrimento, chorar as suas lágrimas e enxugá-las com ternura, que coisa maravilhosa: você poderá contar com ela em qualquer momento de sua vida.
Se você conseguir, em pensamento, sentir o cheiro da pessoa como se ela estivesse ali do seu lado...
Se você achar a pessoa maravilhosamente linda, mesmo ela estando de pijamas velhos, chinelos de dedo e cabelos emaranhados...
Se você não consegue trabalhar direito o dia todo, ansioso pelo encontro que está marcado para a noite...
Se você não consegue imaginar, de maneira nenhuma, um futuro sem a pessoa ao seu lado...
Se você tiver a certeza que vai ver a outra envelhecendo e, mesmo assim, tiver a convicção que vai continuar sendo louco por ela...
Se você preferir fechar os olhos, antes de ver a outra partindo: é o amor que chegou na sua vida.
Muitas pessoas apaixonam-se muitas vezes na vida poucas amam ou encontram um amor verdadeiro.
Às vezes encontram e, por não prestarem atenção nesses sinais, deixam o amor passar, sem deixá-lo acontecer verdadeiramente.
É o livre-arbítrio. Por isso, preste atenção nos sinais.
Não deixe que as loucuras do dia-a-dia o deixem cego para a melhor coisa da vida: o AMOR!!!

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Processo Québec: O início

Primeiro um maravilhamento (isso existe?). E, depois, uma inquietação. Isso aconteceu há pouco mais de um ano, quando estive em Montréal. Aí comecei a remoer a idéia tentadora de me mudar pra lá: salários generosos (na verdade, justos), segurança incomparável, cultura acessível à todos, bons transportes. Isso (como se fosse pouco) aliado ao fato do homem que amo já ser residente canadense, me encheu de coragem para entrar com o pedido de imigração ao Québec.
Depois de muito pesquisar e muito ler, preenchi os formulários necessários, fotocopiei os documentos que tinha em mãos e enviei pro Brasil. Lá (ou aí, rs) meus pais juntaram os documentos faltantes e, no final de abril, meus documentos foram enviados ao Escritório do Québec em São Paulo. Dois dias depois, o escritório descontou a taxa de avaliação no meu cartão de crédito e, uma semana depois recebi a primeira carta, na qual dizia que meu dossiê foi recebido e seria analisado. Hoje, 12 dias depois de enviar os documentos, recebi uma segunda carta, dizendo que meu processo foi analisado e aprovado e que, brevemente, serei convocada para uma entrevista. A carta termina com uma ameaça (hahaha, isso é paranóia de candidata à imigração): dedique-se ao estudo do francês, pesquise sobre mercado de trabalho e vida no Québec para a entrevista. Bom, brincadeiras a parte, pelo menos eles dizem o que preciso saber para o dia da entrevista.
Ainda assim, to ansiosa pra caramba! Tenho medo de que essa entrevista seja marcada numa época em que estou fora do Brasil e não possa retornar... Tenho medo das possíveis perguntas em inglês... Tenho medo de paralisar na hora... Enfim, to cheia de medos e ansiedades. Mas agora é hora de arregaçar as mangas e estudar bastante. Estudar francês, inglês e me informar ao máximo sobre o Québec. Sei que essa é uma preparação pra entrevista, mas que será válida pra minha vida lá no país da folhinha!
Um pedido: façam figas, rezem, enfim, torçam por mim!!!

sexta-feira, 19 de março de 2010

A menina e o Sol

Vasculhando nos "rascunhos" do meu blog encontrei esse artigo escrito há 7 meses. Não sei porque não o publiquei. Ele continua fazendo muito sentido pra mim, então por isso o publico agora. Com vocês, A menina e o Sol.



Ela sente como se o sol a esquentasse sempre.
Mesmo quando chove.
Mesmo quando é noite.
E, talvez, pelo fato do sol estar sempre presente,
ela não sabe mais quando é hora de dormir.
Não quer (e nem consegue) dormir quando o sol faz presença forte.
Mas sente necessidade de dormir quando o calor é brando... ainda que seja dia.
Talvez porque, quando ela está no sol,
é como se sonhasse acordada.
E quando não pode se expor a ele, ela dorme para que ele apareça em seus sonhos.
O sol a faz sentir-se viva.
É ele quem faz seu dia mais feliz.
Quando ela acorda, ainda sem abrir os olhos, percebe a claridade no quarto.
E aí, então, deixa os primeiros raios entrarem sob as pálpebras.
O sol a transforma.
Ele a acorda para a vida, ele a faz querer saber, ele a faz querer dançar.
Ele exerce extremo f'ascínio sobre ela.
Ela, as vezes, pensa que é loucura essa paixão pelo sol.
Por que o astro-rei se interessaria por ela?
Mas ela acredita que é correspondida.
Ele a cega com o brilho de seu sorriso.
Ele a hipnotiza.
E ela o adora.

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Stras o que?

Essa história começou no final de outubro de 2008. Era uma sexta feira a noite e eu estava no intervalo da aula de francês. Conversando com os amigos, um deles, o Mauro (o grande culpado!!! hahaha) ficou inconformado com a minha falta de atitude diante da grande oportunidade de estudar fora do Brasil com uma bolsa paga pelo Governo Brasileiro. O Mauro plantou a sementinha e, dois dias depois eu estava decidida: ia aprofundar meus conhecimentos na língua francesa e pleitear a bolsa de estudos para a França. De lá para cá, passei 45 dias em Montréal, conheci o tão sonhado príncipe encantado (mas essa é outra história...rs - que os amigos e leitores do blog já sabem), voltei, prestei a prova de proficiência em francês, passei, cortei o cabelo (de acordo com a promessa que havia feito), fui aceita pelo professor da Universidade de Strasbourg, pedi a bolsa de estudos à CAPES, que me foi concedida e, depois de muita dor de cabeça (porque é isso que acontece sempre que lidamos com órgão público no Brasil), viajei à Strasbourg, na França na metade de janeiro deste ano.
E é sobre isso que vou escrever neste post. Em primeiro lugar, por que Strasbourg? Na realidade, eu não escolhi a cidade. Escolhi o professor, le Monsieur Gérard Pommier. O professor é médico psiquiatra e psicanalista (o mais respeitado da Europa). Foi aluno e paciente de Lacan. Ele dá aulas as quartas e quintas na Universidade de Strasbourg e, o resto da semana, fica em seu consultório em Paris. Essa é, então, a justificativa pela escolha da cidade.
Vamos a alguns dados... Strasbourg situa-se no leste da França. É a capital da Alsacia e pertenceu, por cinco vezes, à Alemanha. É atravessada pelo rio Ill.
Strasbourg é uma das capitais da União Européia porque abriga inúmeras instituições, como o prédio do Parlamento Europeu, o Conselho da Europa e a Corte Européia dos Direitos Humanos.
A Catedral de Nossa Senhora, de Strasbourg, é maravilhosa. Sua construção começou no final do século 11 e foi terminada em 1439. É toda feita em arenito, mas parece ser de renda. Até 1874 a Catedral foi o edifício mais alto do mundo e teve o título de igreja mais alta do mundo até 1880. Hoje é a quarta maior igreja católica do mundo. Dizem que no verão é possível subir até a plataforma de observação da catedral, de onde se tem uma vista mais do que privilegiada da cidade.
Dentro da Catedral, há o Relógio Astronômico, que tem 18 metros de altura. Como todo bom relógio suíço, marca fielmente as horas. Todos os dias, as 12h31min, um carrilhão com esculturas móveis aparece. O relógio também marca os anos bissextos e exibe informações astronomicas.
Quando eu cheguei em Strasbourg, a cidade estava branca. Não nevava, mas a quantidade de neve nas ruas deixava claro que havia nevado no dia anterior. Passei o primeiro final de semana num hotelzinho super gracinha aqui de Strasbourg. No jantar da primeira noite, fui ao restaurante do hotel e pedi um suco de laranja. E, ao chegar, surpresa: no rótulo da garrafinha do suco estava escrito "laranja do Brasil". Hahaha. Que sacanagem! Eu enfrento horas de avião pra tomar um suco de laranja do Brasil??? Hahahahaha.
Cheguei ao meu apartamento na segunda feira e o dia estava lindo! Tinha sol (e logo eu percebi que isso é uma coisa rara em Strasbourg) e não fazia tanto frio... Quer dizer, fazia, mas era suportável. Neste dia, visitei o mercado quatro vezes! Ainda bem que sou vizinha dele!!! As compras foram desde alimentos e produtos de limpeza até panelas e porta retratos. Pronto, o apartamento ficou com a minha cara!
O frio faz com que eu perca um pouco a coragem de sair, então quase não saio. Passeio as vezes, mas não todos os dias. Gosto de andar pelo centro da cidade, onde está a Catedral e a Petite France porque a arquitetura do lugar é muito bonita! Andar as margens do Ill, vendo os cisnes e todos os outros pássaros, dá uma paz que ha muito eu não experimentava.
Ainda não fui a nenhum museu... Há tempo pra isso. Mas fui ao cinema outro dia. E que caro!!! Eu paguei 6,40 porque sou estudante... Assisti um filme francês chamado Complice e achei um bom filme. O cinema é uma ótima programação para os domingos, já que é uma das poucas coisas que funcionam na França este dia.
As aulas que frequento acontecem as quartas e quintas feiras e é sobre psicopatologia e outros assuntos psicanalíticos. Estou achando super legal, ainda que não consiga entender tudo. Acho que a dificuldade maior nem é o idioma, mas a própria complexidade conceitual. Enfim... vou ralar bastante pra conseguir acompanhar e isso não será um problema!
Tive, no primeiro domingo no apartamento, um problema com a eletricidade. Estava arrumando a casa quando a energia acabou. Fiquei angustiada porque era domingo e a recepção do prédio fica fechada. Depois de muita aflição, encontrei uma vizinha disposta a me ajudar. Ela é grega, mora no mesmo andar que eu e o apartamento dela consegue ser infinitamente mais bagunçado que o meu! Hahaha. Ela foi extremamente simpática, veio até meu apartamento e, em segundos resolveu o problema: levantou a chave da caixa de força que tinha caído. Simples assim... rs.
Pouco mais de uma semana depois, o mesmo problema. A energia acabou quase meia noite. Fui à caixa de força e encotrei a chave caída mas, ao muda-la de posição, continuei sem energia... Que desespero!!! Para minha salvação, no mesmo dia, mais cedo, havia chegado um contrato de prestação de serviços (que eu não solicitei e pelo qual eu fiquei revoltadíssima) da companhia de energia de Starsbourg. De acordo com o contrato, eu devo pagar 5,90 todo mês e tenho assistência gratuita de um técnico em eletricidade. Perfeito! Liguei para a companhia e, após o técnico tentar me auxiliar por telefone sem sucesso, ele veio à minha casa. O problema foi um curto na geladeira. Conclusão: quase uma da manhã eu já tinha energia, mas fiquei sem geladeira... Amanhã um técnico vem ver o que será necessário fazer para que eu tenha geladeira novamente! Vamos aguardar.
É isso... Strasbourg é linda e os franceses são educadérrimos, ainda que quase nunca sejam simpáticos. Estou me virando bem em casa e na faculdade. Sinto falta da família, do namorado e dos amigos, mas procuro não pensar tanto nisso, já que a jornada está só começando. As vezes, quando as coisas não saem como eu gostaria, bate uma certa tristeza, mas dou um jeito dela passar logo. O fato da cidade estar quase sempre nublada também me entristece um pouco. Gosto das cores quentes do sol. De qualquer maneira, tento manter a alegria e tenho em mente que devo aproveitar cada minuto dessa oportunidade única.

domingo, 10 de janeiro de 2010

Joyeux Anniversaire, mon amour!

Há exatos 27 anos eu ainda não era nascida. Mas ganhei um presente mesmo assim. Um presente que só fui conhecer 26 anos depois. Um presente que passei a amar imediatamente, mesmo sem saber. E hoje, quase um ano após o primeiro encontro, vivo a certeza de ama-lo incondicionalmente.
Heri, você é o meu maior presente! Você enche meus dias de sonhos românticos, mantem tua presença suave e constante, está em todos os meus planos e metas, me faz ser ousada e atrevida! Me faz querer estar colada em você, conhecer cada parte de ti porque você tem uma alegria que lhe é inerente, uma forte luz própria. Me faz ter a certeza de que, com você, tudo dá certo, sempre!
E hoje você faz 27. Comemoro a dádiva da tua vida. Comemoro por você deixar eu fazer parte da tua história. Comemoro por você estar presente na minha história e por ser a parte mais bonita dela.
Espero poder comemorar este dia pra lá de especial com você pelo tempo que eu puder viver. Quero que todos os teus anos sejam cheios de saúde e que em todos eles você possa sustentar esse sorriso tão lindo e o brilho dos teus olhos. Que o teu bom humor te acompanhe sempre! Que você continue assim, perfeitinho, do jeito que você é!
Te amo como nunca achei que fosse capaz de amar alguém!