sexta-feira, 19 de março de 2010

A menina e o Sol

Vasculhando nos "rascunhos" do meu blog encontrei esse artigo escrito há 7 meses. Não sei porque não o publiquei. Ele continua fazendo muito sentido pra mim, então por isso o publico agora. Com vocês, A menina e o Sol.



Ela sente como se o sol a esquentasse sempre.
Mesmo quando chove.
Mesmo quando é noite.
E, talvez, pelo fato do sol estar sempre presente,
ela não sabe mais quando é hora de dormir.
Não quer (e nem consegue) dormir quando o sol faz presença forte.
Mas sente necessidade de dormir quando o calor é brando... ainda que seja dia.
Talvez porque, quando ela está no sol,
é como se sonhasse acordada.
E quando não pode se expor a ele, ela dorme para que ele apareça em seus sonhos.
O sol a faz sentir-se viva.
É ele quem faz seu dia mais feliz.
Quando ela acorda, ainda sem abrir os olhos, percebe a claridade no quarto.
E aí, então, deixa os primeiros raios entrarem sob as pálpebras.
O sol a transforma.
Ele a acorda para a vida, ele a faz querer saber, ele a faz querer dançar.
Ele exerce extremo f'ascínio sobre ela.
Ela, as vezes, pensa que é loucura essa paixão pelo sol.
Por que o astro-rei se interessaria por ela?
Mas ela acredita que é correspondida.
Ele a cega com o brilho de seu sorriso.
Ele a hipnotiza.
E ela o adora.